As fitas do senhor do Bonfim não se romperam ainda
Não sabia se haveria sorte ou azar
Quisera cortar os pulsos
Para que junto com as fitas fossem os afetos
O horóscopo também era sempre muito amigável
Por isto evitava lê-lo
Apenas o espelho não mentia
Porque só ali havia olhos nos olhos
Todos os oráculos
Apenas especulavam
Bolsa de jogos
Purrinha
Apurrinhação
O tempo ampulheta impassível ria
Pequeno homem
Como sofre tão grande com tanto nada?
Búzios, números e pais de santo
Dizem que o tempo será
A verdade na verdade
Habita no passo que está por vir
E não no seu desejo
De escutar palavra bem dita
A verdade qual previsão dirá?
O tempo era, já disse James
Por que você não escuta isso?
Por que sofre tanto com este tempo que já não é mais?
A verdade está no por vir
Quando as fitas rasgarem
Não se preocupe com os presságios
É apenas um pano que se esgarçou